mai 18, 2021
mai 18, 2021

Que importância idade e experiência têm na Euro?

Que papel a experiência desempenha na Euro?

A média de idade e o número de partidas representando a equipe na Euro são importantes?

Quão experientes eram as equipes que ganharam os títulos anteriores da Euro?

Estatísticas, insights e análises do Campeonato Europeu

Que importância idade e experiência têm na Euro?

Ao compor uma equipe para competir em um torneio internacional, idade e experiência costumam ser elementos cruciais, capazes de proporcionar desempenho superior ao que a capacidade geral do time pode indicar. Com isso em mente, que papel a idade e a experiência podem desempenhar na Euro 2020? Leia para saber mais.

Que papel a experiência desempenha na Euro?

Pode ser difícil para os apostadores prever os resultados e maiores artilheiros em partidas de futebol quando as equipes jogam toda semana e estão limitadas a um grupo relativamente pequeno de jogadores. No entanto, apostar em mercados de futebol internacional envolve um nível ainda mais elevado de dificuldade.

Em geral, as equipes têm maior probabilidade de sucesso quando contam com uma formação mais jovem e com menos atividade no cenário internacional.

Por exemplo, a Inglaterra jogou 11 partidas entre setembro de 2020 e março de 2021, das quais nove foram parte de ligas competitivas. Para elas, o técnico Gareth Southgate escalou 39 jogadores diferentes para representar a equipe, com todos menos um deles fazendo pelo menos uma aparição. Com níveis de rotatividade como esses, prever a escalação da Inglaterra para a Euro 2020 seria um desafio em si, e imaginar como eles podem se sair no torneio é ainda mais difícil.

O mesmo vale para todas as 24 nações que participarão da Euro 2020 e, no final das contas, provavelmente será um dos favoritos absolutos que provará ter os melhores jogadores e chegará até o fim, conquistando o troféu no dia 11 de julho. No entanto, sempre vale a pena observar as tendências das edições anteriores para descobrir se alguma semelhança pode ser identificada entre as equipes que conseguiram sucesso no torneio.

Para fazer esta avaliação, podemos classificar a posição final das equipes em outras edições da Euro, comparando em qual rodada elas foram eliminadas e, em seguida, classificando as equipes que saíram em cada fase de acordo com seus pontos por jogo, diferença média de gols e média de gols marcados. Também podemos ordenar a escalação de cada país com base no número médio de partidas disputadas por cada jogador e sua média de idade.

Usando o coeficiente de correlação de Spearman, podemos comparar essas classificações com as posições finais das equipes para confirmar se há alguma ligação significativa entre as estatísticas. No entanto, aplicar esse coeficiente para as cinco edições anteriores da Euro revela que, muitas vezes, tem havido pouca correlação, e essa tem sido uma relação frequentemente negativa. Em outras palavras, é mais provável que uma equipe tenha sucesso com uma escalação mais jovem e com menos participações em torneios internacionais.

Coeficiente de correlação entre a média de partidas e idade em comparação com a posição final da equipe

Torneio

Correlação entre a média de partidas x posição final

Correlação entre a média de idade x posição final

Euro 2000

-0,018

-0,236

Euro 2004

0,412

-0,015

Euro 2008

-0,294

-0,348

Euro 2012

-0,121

-0,202

Euro 2016

0,107

0,116

No entanto, uma vez que a correlação costuma ser praticamente inexistente, precisamos nos aprofundar mais para entender se alguma outra tendência ou tema atual é digno da nossa atenção.

A média de idade e o número de partidas representando a equipe na Euro são importantes?

Uma análise da média de partidas e idade das seleções de acordo com sua posição final nas últimas cinco edições da Euro revela uma anomalia aparentemente notável.

As escalações das seleções vencedoras (França, Grécia, Espanha – duas vezes – e Portugal) registraram 35,9 partidas por jogador e mantiveram uma média de 27,4 anos de idade na primeira participação no torneio. Entre as últimas classificadas (da primeira à 16ª colocações), as piores escalavam jogadores com o segundo maior número de participações em torneios internacionais e a quinta maior média de idade, indicando diretamente que idade e experiência carregam muito peso no Campeonato Europeu.

No entanto, entre os cinco primeiros para ambas as categorias estavam também os países que terminaram em 14º, 15º e 16º, o que abala totalmente essa teoria.

Número médio de partidas e idades das 16 melhores equipes nas últimas cinco Euros

Posição final

Média de partidas

Classificação de partidas

Média de idade

Classificação de idade

1

35,9

2

27,4

5

2

28,3

13

27,2

11

3

31,0

10

26,4

16

4

32,7

6

27,0

12

5

31,2

8

27,3

6

6

29,0

12

26,7

15

7

32,1

7

27,2

10

8

29,2

11

27,6

3

9

31,0

9

27,2

7

10

36,2

1

27,2

8

11

28,1

14

26,7

14

12

27,7

15

27,2

9

13

26,1

16

26,8

13

14

33,7

5

27,5

4

15

34,6

3

27,9

2

16

34,4

4

28,0

1

Ao analisar os torneios anteriores, talvez seja melhor nos concentrarmos principalmente na Euro 2016, a primeira vez edição do torneio com 24 equipes (mesmo número deste ano).

Dados da Euro 2016, realizada na França cinco anos atrás, pintam um quatro bastante confuso. Por um lado, sete equipes no torneio contaram com um máximo de 10 jogadores com até 25 participações em torneios internacionais em suas formações, e quatro delas (Alemanha, Islândia, Polônia e País de Gales) chegaram às quartas de final. Esse resultado indicaria que a experiência é um fator importante, especialmente porque Islândia e País de Gales foram amplamente consideradas como tendo superado as expectativas.

No entanto, apenas dois dos dez times com mais participações internacionais no total avançaram para as quartas de final, e apenas uma das sete equipes com escalações de jogadores veteranos conseguiu o mesmo. A seleção irlandesa da Euro 2016 mantinha a média mais alta de idade entre as 88 que se classificaram para as cinco Euros anteriores e, embora tenha sido sorteada para o Grupo E, conseguiu vencer apenas uma de suas quatro partidas no total.

Os times mais experientes obtiveram mais sucesso nas fases finais do torneio, com a equipe com o maior número de veteranos vencendo as semifinais e a final. Eles apresentaram uma discrepância interessante: os 23 jogadores de Portugal somavam 849 partidas internacionais contra as 629 da França, e cada um dos jogadores era 0,6 anos mais velho, mas os onze titulares franceses acumulavam mais partidas e eram mais velhos, e ainda perderam a partida na prorrogação.

Quão experientes eram as equipes que ganharam os títulos anteriores da Euro?

Em última análise, um torneio é mais do que a final, mesmo que essa seja obviamente a partida mais importante, e vale a pena observar que 21 membros da seleção de Portugal fizeram pelo menos uma aparição na Euro 2016, em comparação com apenas 18 da França.

Com isso em mente, podemos dividir a quantidade de partidas internacionais por jogador pela média de idade para obter uma métrica bastante simplista de Pontuação de experiência. Embora isso não crie nenhuma correlação significativa entre as posições finais no torneio em geral, especialmente em quatro das últimas cinco Euros, a equipe mais experiente de acordo com essa medida venceu a final.

Pontuação de experiência das equipes que chegaram à final nos últimos cinco euros

Torneio

Equipe

Partidas por jogador

Média de idade

Pontuação de experiência

Euro 2000

França (campeã)

39,1

28,0

1,40

Euro 2000

Itália (vice-campeã)

21,0

27,0

0,78

Euro 2004

Grécia (campeã)

32,3

28,3

1,14

Euro 2004

Portugal (vice-campeão)

29,5

26,8

1,10

Euro 2008

Espanha (campeã)

23,3

26,0

0,89

Euro 2008

Alemanha (vice-campeã)

36,1

26,7

1,35

Euro 2012

Espanha (campeã)

47,8

26,7

1,79

Euro 2012

Itália (vice-campeã)

27,7

27,9

0,99

Euro 2016

Portugal (campeão)

36,9

27,9

1,32

Euro 2016

França (vice-campeã)

27,3

27,3

1,00

Essas estatísticas revelam algumas observações interessantes. A seleção italiana da Euro 2000 foi liderada pelo capitão Paolo Maldini, com 105 partidas, mas também contou com 16 jogadores com até 25 partidas em eventos internacionais. Apenas cinco das 88 equipes que competiram nos últimos cinco Campeonatos Europeus exibiram mais jogadores com tão pouca experiência internacional e nenhuma delas avançou até as quartas de final.

Naturalmente, idade e um grande número de participações em grandes torneios não podem ser automaticamente considerados um sucesso a nível internacional.

A França, vencedora da Euro 2000, tinha apenas oito membros no elenco com menos de 25 partidas internacionais, assim como a seleção da Grécia, que levantou o troféu em 2004. Apenas duas equipes neste século entraram no torneio com menos jogadores experientes em seu elenco. Isso pareceu ajudar os azarões de Otto Rehhagel, já que a seleção de Portugal era, sem dúvida, mais talentosa, mas também menos experiente – apenas dois dos onze titulares da equipe tinham mais de 26 partidas internacionais em seu nome no início do torneio.

A final da Euro 2008 é a única exceção à essa regra, com o grupo de jogadores menos experientes erguendo o troféu em Viena. No entanto, mesmo nessa ocasião, a Espanha contava com jogadores altamente experientes em posições-chave. O jogador com mais participações internacionais da equipe era o goleiro Iker Casillas, e os outros três jogadores seleção com 30 anos ou mais foram destacados para jogar na defesa ou meio-campo.

Dos 11 jogadores do plantel de Luis Aragones com mais experiência internacional, oito foram titulares contra a Alemanha, enquanto o último (Xabi Alonso) foi o primeiro reserva. David Villa, vencedor da Chuteira de ouro da Euro 2008, outro dos 11 jogadores com mais participações internacionais da equipe, provavelmente também teria jogado, caso não tivesse sido impedido por uma lesão sofrida na semifinal.

Quatro anos depois, a Espanha colheu os frutos de utilizar um grupo de jogadores estabelecido, ao entrar em campo com o time mais experiente (de acordo com a métrica acima) testemunhado nas últimas cinco Euros. De fato, seis dos onze titulares que jogaram na final de 2012 haviam sido escalados em 2008, e quatro dos outros cinco jogadores haviam participado de pelo menos 40 partidas em grandes torneios internacionais.

Mais uma vez, não podemos simplesmente afirmar que experiência internacional e idade equivalem a sucesso. O time com a segunda maior Pontuação de experiência das últimas cinco edições da Euro foi a Holanda da Euro 2012, que terminou em último lugar no seu grupo, perdendo todas as três partidas que disputou.

Embora a qualidade dos jogadores e capacidade técnica possam, em última análise, decidir quais equipes chegarão mais longe do que outras, a história sugere que, quando se trata do Campeonato Europeu, os apostadores poderiam se beneficiar de um cálculo rápido do nível de experiência das seleções para fazer suas previsões para confrontos entre equipes de padrão semelhante.

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